sexta-feira, 31 de julho de 2009

1. ATITUDE PASSIONAL OU DO PRAZER:

O comando deste tipo de atitude vem do ego. Ele é feito de forma a te convencer de que: sem o néctar do prazer imediato não é possível viver. Não há resistências. A sedução é instantânea e imediata. É o chamado condicionamento compulsivo. O prazer é imediatista. Primeiro o prazer, depois avaliação das conseqüências.
O resultado deste tipo de atitude leva o praticante, invariavelmente, num curto prazo, a sentimentos de culpa, insatisfação, decepção consigo mesmo e "déjà vus" de mesmice.
A pessoa que pratica freqüentemente este tipo de atitude é repetitiva e contém uma energia de estagnação.
Atitudes passionais são como novela mexicana, perdem-se 30 capítulos, e ao 31º percebe-se não ter perdido nada.
Pessoas que se repetem nas atitudes passionais parecem, aos olhos alheios, como um xerox do dia anterior. Para elas mesmas, fica a sensação de que a vida não anda, não muda. E esta sensação é real.
Mas para que haja mudança de resultados, faz-se necessária a mudança da atitude. Faz-se necessário ouvir a alma, a mesma voz (sempre baixa, porque parte do coração) calma, paciente e amorosa que provoca a insatisfação pessoal após cada atitude passional/ compulsiva.

Um comentário:

O. disse...

O verdadeiro...

o verdadeiro não se compromete no compulsivo, nem sequer se deixa enganar pela paixão. Gosta das coisas resolvidas e de mediar para os outros.

O verdadeiro conhece cada canto da sua alma por ter pesquisado ao longo do tempo seu próprio coração. Ele reconhece seus sentimentos e não tenta escondê-los para não errar no seu caminho. Reconhece que não existe concepção do mundo sem percepção e percepção sem sentimentos.

Nunca jogaria no olho da rua sua própria história mesmo em busca de uma lenda.

Do aborrecimento vai para mudança. Do cansaço vai para fonte vital. Das dúvidas vai para amadurecimento.

Gosta do escuro por melhor discernar a luz; da luz do dia para sondar os detalhes.

O verdadeiro sabe quando ele está errado e sofre na idéia de machucar.

Ele ama e gosta ser amado. Quando encontra a felicidade, não abre mão dela. Quando enfrenta a desilusão, uma impasse conjugal, fica grudado na espera de dias melhores.

Quando fica surprendido por encontrar uma pessoa que, sem poder saber, recorda-lhe as suas carências, que lhe extrai do silêncio para a simplicidade de umas risadas e uma cumplicidade instantânea, atreve-se em pensar que talvez estava errado ficar grudado na espera de dias melhores.

Ao final, pede desculpa e no mesmo tempo agradece. Quer afastar-se tanto quanto aproximar-se. E se fosse só um fantasma, saberia o distinguir se não for dividido no seus sentimentos. Questão de bom senso e de percepção...